Odeio essas porcarias de montanhas-russas. Brinquedo idiota, você fica subindo e descendo, dando voltinhas e loopings e no final vai parar no mesmo lugar, no ponto de partida. Por isso que eu me pergunto, quem foi que criou essa analogia entre a vida e a montanha-russa, que ambas tem altos e baixos? Isso é simplista demais pra mim.
Modestamente, eu nunca voltei ao ponto de partida e nem pretendo voltar, porque na minha vida nada se repete, nadinha. E acho impossível ver a vida de uma forma macro como viu o sujeito que inventou essa analogia.
Eu, passo mal quando ando nesses trenzinhos do diabo, seja descendo ou subindo o coração ta sempre a mil, na boca. Não acredito que a vida siga nesse ritmo, senão todos enfartaríamos antes dos 30. Se tivesse que comparar a vida a um trem, compararia ao trem que sobe aos Andes. Saíndo das paisagens plácidas dos Pampas (nem sei se é de lá mesmo que ele sai, mas eu gosto de pensar que é) e vai direto lá pro alto das montanhas mais altas da América Latina e suas paisagens inóspitas, mas que transmitem uma deliciosa sensação de infinito, igualzinha a que a gente sente quando vivemos nossos êxitos pessoais.
Sim, é assim que eu vejo a vida, a placidez da infância protegida, os caminhos tortuosos e de múltiplas sensações e contemplações até o nirvana lá no alto da montanha mais alta. O detalhe mais gostoso, é saber que existem estações onde você escolhe entre descer e viver algo novo ou continuar naquele caminho, isso é ter o controle de nossas próprias vidas, sobre nossas escolhas.
Ah porcaria de montanha-russa, subida e descida e voltinhas enjoativas pra voltar ao mesmo lugar. Eu não, eu vou para os Andes.
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